Pimpão
Iate de longo curso, de 300t., de 1888, construído segundo um projecto de Pedro Martins Branco. Pertenceu ao armador João Magalhães Filho.
Como navio mercante, empregou-se no transporte de vinho, cereais, madeiras, sal e outros produtos comerciais, entre Viana e Lisboa.
Tinha, porém, uma categoria muito superior à de um simples cargueiro comercial. Portentoso e único na sua categoria, foi condecorado com a flâmula real numa festa realizada no Tejo.
A sua beleza advinha-lhe das próprias linhas e da imponente decoração. A mastreação, caída um pouco, intencional e atrevidamente, para a ré, dava-lhe um ar insinuante e magestoso.
Metade do convés era pintado de encarnado e metade da ré em amarelo. A toda a volta do navio, nos topos dos óvens e nas bigotas, nos varandais e nos estais sobressaíam os copos de metal reluzente. No lais dos mastaréus tinha lanças em bronze, os arcos de gávea e a mesa das malaguetas eram forradas a latão dourado. Ao redor da popa era lacado em ouro. No beque ostentava a figura do Capitão Camilo Ferrinho que governou o Mentor II.
Restaurado em 1917, acabou por ser torpedeado na baía de Cascais, acabando no mar esta glória da construção naval.
Somos amantes do mar e de embarcações.
ResponderEliminarEssa história do "Pimpão" é linda. Dá vontade de ver esse majestoso barco. Parabéns pela crônica!
Um abraço